Por: Michelson Borges [MB]
No começo do mês, quando viajava com minha família para Santa Catarina, ao parar numa das serras do caminho, me vi obrigado a fotografar o automóvel acima. E não foi pelo saudosismo (meu primeiro carro foi um fusca). Não. O que me chamou a atenção foram os símbolos colados na lataria. Sem querer, o proprietário do veículo me forneceu clara ilustração dos tempos modernos - tempos de incoerência; de tentativas de misturar o imiscível. Enquanto ostenta o peixe-símbolo dos cristãos, no outro lado do capô traseiro, exibe o logotipo de uma revista masculina. De que são feitos os cristãos de nossos dias? O que significa, para esses, a palavra "cristianismo"? Seria uma religião de igreja, de fim de semana, que nada tem que ver com o dia a dia? Para mim, esse fusca é o símbolo da incoerência daqueles que acham que podem se dizer seguidores (na verdade, no máximo, admiradores a distância) de Jesus, enquanto frequentam locais de diversões reprováveis, ouvem músicas que exaltam a sensualidade e a carnalidade (misturadas com letras que supostamente louvam a Deus), leem obras e assistem a filmes que nublam a mente e incapacitam para a reflexão, etc. Enfim, o fusca da incoerência revela o que já deveria ser óbvio para todo cristão: "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro" (Mt 6:24). Naquele dia, segui viagem pedindo a Deus que me ajudasse a ser um cristão coerente. - Michelson Borges
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