sexta-feira, abril 29, 2011

Fui convidado para o casamento real


Acredita-se que mais de um terço da população mundial estará a assistir durante o dia de hoje ao casamento real britânico entre o príncipe William, neto da rainha Isabel II, com Kate Middleton, uma plebeia que há oito anos é a namorada do segundo na linha de sucessão ao trono. Entre os assistentes, estão as centenas que desde alguns dias acamparam em frente à Abadia de Westminster, para garantirem o melhor e mais perto lugar possível.

Fiquei curioso ao ouvir os relatos sobre a lista de convidados: poucos o foram no âmbito pessoal; além, evidentemente, dos familiares dos noivos, a maioria são membros de casas reais, principalmente europeias, e institucionais, como embaixadores e outros representantes diplomáticos.
Confesso que nunca me interessei muito por cerimónias de casamento. Na verdade, sendo esta instituição parte da criação divina, o importante é mesmo a junção de um homem e uma mulher nestes laços sagrados, como todo o sério compromisso que isso implica, e, não menos importante, a bênção que Deus concede a todos os casais que legitimamente assim se unem. De resto, e à semelhança de tantas outras coisas, a sociedade transformou o dia do casamento numa festa exagerada, por vezes com desrespeito pelas mais elementares regras de temperança que deveriam ser observadas.

Mas um casamento real é sempre diferente! Dada a importante mediática nos nubentes, a sociedade pára para assistir, como que se querendo rever nesse tornar realidade de um conto, fazendo por um momento com que a alegria também seja pessoalmente sua. Ainda assim, nunca me entusiasmou demasiado todo o empolgante e exuberante ritual, desde as ruas enfeitadas, aos militares devidamente ordenados, passando pelo cortejo saudado efusivamente pelas multidões.

Até que, confesso, mudei de opinião: descobri que também eu estou convidado para um casamento real!

A diferença está que não se trata do simples casamento entre um príncipe britânico e a sua noiva com origens plebeias; neste caso, será uma união muito mais importante, a maior de todas, até pela sua perpetuidade: nunca mais findará! É a união entre o Rei do Universo e a Sua amada Igreja, a multidão dos Seus redimidos!

Neste caso, o noivo cortejou a noiva nos seguintes termos:
"Passando eu por junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; estendi sobre ti as abas do meu manto e cobri a tua nudez; dei-te juramento e entrei em aliança contigo, diz o Senhor Deus; e passaste a ser minha. Então, te lavei com água, e te enxuguei do teu sangue, e te ungi com óleo. Também te vesti de roupas bordadas, e te calcei com couro da melhor qualidade, e te cingi de linho fino, e te cobri de seda. Também te adornei com enfeites e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do teu pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas e linda coroa na cabeça. Assim, foste ornada de ouro e prata; o teu vestido era de linho fino, de seda e de bordados; nutriste-te de flor de farinha, de mel e azeite; eras formosa em extremo e chegaste a ser rainha. Correu a tua fama entre as nações, por causa da tua formosura, pois era perfeita, por causa da minha glória que eu pusera em ti, diz o Senhor Deus" (Ezequiel 16:8-14).
Quanto ao anúncio da cerimónia, ei-lo aqui:
"Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos" (Apocalipse 19:7-8).
Também sabemos o lugar onde juntos habitarão:
"Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles" (Apocalipse 21:2-3).
E quer saber onde está o meu (e o nosso!) convite?
"O Espírito e a noiva dizem: vem! Quem ouve diga: vem! Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida" (Apocalipse 22:17).
Por fim, não há dúvida alguma que será a maior das alegrias estar nesta cerimónia:
"(...) como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus" (Isaías 62:5).
"Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias" (Isaías 61:10).
Eu acredito que o casamento do príncipe William com Kate Middleton será um evento magnífico; mas o que será isso, comparado com a união do Monarca das galáxias com os resgatados pelo Seu sacrifício?!...

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