Em recente entrevista aos repórteres que estão cobrindo a Copa na África, o jogador Kaká fez um desabafo interessante. Ele reclamou da maneira como um jornalista professamente ateu (Juca Kfouri) vem agindo com relação às suas manifestações públicas em testemunho da fé em Jesus. Para Kaká, o jornalista ateu age dessa forma pelo fato de ele ser evangélico.
Não é novidade para ninguém que a fé evangélica, de modo geral, é sempre muito mal retratada na Mídia, em especial nas programações da toda-poderosa Rede Globo (a mesma que elegeu o sr. Fernando Collor, mascarando para o Brasil uma pseudo-caça aos marajás de Alagoas... e todos sabemos no que deu!).
Nas suas novelas, seriados, programas humorísticos, etc., os evangélicos sempre são retratados com arquétipos preconceituosos. É o crente fanático, a irmãzinha devassa, o pastor ladrão, a evangélica fofoqueira, e por ai vai. Os personagens espíritas, por exemplo, são normalmente retratados como intelectuais, altruístas, benevolentes, bondosos e preocupados com o bem-estar coletivo. Os católicos, de modo geral, também são representados por personagens respeitados e socialmente aceitos.
Esta perseguição que Kaká afirmou estar sofrendo, muitos de seus "irmãos" e "irmãs" sabem muito bem do que se trata...
Fogo "amigo"
Porém, há um tipo de perseguição (ou preconceito, se você preferir) que existe, infelizmente, entre os próprios evangélicos. Assim como acontece desde os dias de Noé, a minoria sempre sofre o massacre ideológico da maioria.
Lutero, que é tido como heroi por muitos "protestantes", também foi intolerante com alguns grupos que discordavam de certos aspectos de suas doutrinas. O que mostra que ninguém (nem mesmo os que são perseguidos) estão livres de se tornarem perseguidores.
Adventistas do 7º Dia, Testemunhas de Jeová e Mórmons, por exemplo, estão entre algumas das denominações sempre ridicularizadas e perseguidas pelos "apologetas" do meio evangélico. Acredito que todo Adventista, pelo menos uma vez na vida, já ouviu alguém dizer que sua igreja é uma seita. Minha esposa certa vez ouviu um pastor de uma denominação que é maioria entre os pentecostais, dizer que "no céu não há lugar para Adventista". Se eu fosse católico diria que ele estava recebendo informações privilegiadas diretamente do "porteiro do Céu"... rsrs
Até entre as próprias denominações existem rivalidades, cismas e dissidências. Os Reformistas, por exemplo, criticam os Adventistas por serem liberais demais, apostatados e membros de Babilônia; já alguns Adventistas, por sua vez, acusam os Reformistas de fanáticos e legalistas.
É mesmo uma pena que este tipo de coisa exista entre pessoas que professam seguir Aquele que foi o maior arauto da paz, do amor e da comunhão. Como podemos dizer ao mundo não-cristão (muçulmanos, hinduistas, budistas, ateus, etc.) que nossa religião é benéfica, se eles olham para nós e vêem tantas brigas, críticas, desavenças e acusações?!
Não é só Kaká que está se sentindo perseguido por causa de sua fé. São milhões de outros que, assim como ele, também precisam conviver com pessoas intolerantes, egoistas e sem respeito pela liberdade do seu semelhante.
O problema será se Kaká, a partir de agora, também passar a perseguir os ateus... rsrs
"Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35).
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