Aqueles que se pautam pelas regras dietéticas da Bíblia podem ou não comer atum? Ele é peixe de couro ou escamas?
Resposta:
Realmente não existe unanimidade quanto a isso na Igreja Adventista. Alguns dizem que o atum tem escamas e outros, não, que é peixe de couro. O pesquisador adventista Dr. Manuel Antônio Tápia realiza palestras sobre temperança em todo o Brasil e no exterior. Ele classificou o atum como peixe de couro, portanto, peixe imundo para alimentação. Mas muitos defendem o contrário, que o atum escamas e não há problema em fazer parte da dieta. Ver Levítico 11:9-10.
Entrei no site da Coqueiro. Se não é a maior, está entre as grandes marcas que comercializam atum e sardinha no Brasil. Para minha surpresa, entrando neste link, descobri que a empresa Coqueiro faz a seguinte declaração: “Como eles se diferenciam um do outro? [sardinha e atum] Pelo tamanho e suas características. A sardinha tem entre 50 e 80 gramas e tem seu corpo coberto por escamas. O atum, para ser comercializado, deve ter peso entre 1 e 12 kg, mas a média de tamanho é de 2 a 5 kg e tem seu corpo coberto por pele.”
Afirmado pela própria empresa que comercializa o atum, temos assim uma prova embasada de que o atum é peixe de couro. Realmente é difícil de ver o peixe no comércio, pois tem saída super-rápida quando chega à venda.
Fica o aviso de que, além de o atum ser peixe de couro, impróprio para alimentação de acordo com a Palavra de Deus, graças à sua pesca ilegal, milhares de golfinhos morrem presos em redes de pescadores.
A revista Veja publicou a história do Sr. Agudo, funcionário do Ministério do Meio Ambiente da Venezuela. Ele foi incumbido de fazer um levantamento da população de golfinhos na costa do país. Voltou com dados alarmantes: os animais estavam sendo dizimados de dois modos. A Venezuela tem a segunda maior frota de embarcações de pesca de atum. São barcos equipados com redes de até dois quilômetros de comprimento. Como os cardumes de atum e bandos de golfinhos costumam nadar juntos, os pescadores lançam as redes justamente onde encontram um número grande deles. O resultado é que os golfinhos, que não têm valor comercial, caem nas redes destinadas aos cardumes de atum.
O Earth Island Institute (EII), organização não-governamental com sede em São Francisco, na Califórnia (EUA), calcula que oito milhões de golfinhos morreram presos às redes nas últimas quatro décadas. Em 1990, o EII regulamentou internacionalmente o selo Dolphin Safe (Seguro para Golfinhos). O selo é conferido a empresas fabricantes de atum que usam sistemas de pesca que sejam inofensivos aos golfinhos (a pesca feita de forma correta é aquela com redes dotadas de meios de fuga ou feita com utilização de anzol e isca). Hoje, mais de 300 empresas no mundo têm o selo. Nenhuma delas no Brasil, segundo Mark Berman, diretor assistente do Projeto Internacional de Mamíferos Marinhos do ELL.
É bom que cada pessoa reflita se vale a pena comer as famosas pizzas de atum juntamente com seus patês, por tão horrendo sacrifício, reforçando ainda que o atum é peixe de couro e foi proibido por Deus para fazer parte do nosso cardápio.
(Emerson Nolasco)
Fontes:
Empresa Coqueiro: http://www.coqueiro.com.br/
Revista Veja: http://veja.abril.com.br/151299/p_090.html
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